Sanjaya, homens da floresta e pirarucus indefesos

 É setembro  e as águas estão descendo no Baixo Solimões. As femeas pirarucus entraram nos lagos de águas escuras durante a grande cheia (a maior registrada) e criaram seus filhores nessas águas agora rasas. Os chamados "homens da floresta" (pelos sonhadores iludidos), pescam os filhotinhos na maior covardia. E esses peixes, ainda tão tão pequenos, não oferecem dois quilos de alimento, para um animal que adulto alcança 150 kg.

Sanjaya registra seu protesto!

Sanjaya sempre alerta!

Sanjaya está com 10 (dez) meses, pesa 11,6 Kg e está dentro do padrão de tamanho, pelagem (azul merle) e peso de um jovem macho pastor de shetland. É muito cativante e atento: neste domingo passado acordou seus preceptores pela madrugada, para avisar que uma tubulação de água no banheiro da cozinha havia rompido e estava a alagar o aparatamento.

Sanjaya recomenda DIÁRIOS ÍNDIOS, de Darcy Ribeiro

Livro magnífico, onde Darcy relata as duas expedições que fez às aldeias Kaapor, entre 1949 e 1951. Sanjaya leu - e releu - e recomenda.

Sanjaya e o mundo virtual

Sanjaya é um ser telúrico, não abre mão de seus fins de semana na dacha do Rio Solimões, lá pros lados de Bela Vista, mas, antenado com o espaço-tempo em que vive, não relaxa seus contatos no mundo virtual.

Sanjaya e a Sabedoria caboca

Em suas andanças pelo interior do Amazonas Sanjaya chegou na casa do caboco e depois de um montão de perguntas, fazer anotações no caderno de apontamentos e prender os trecos em sua coleira, cheirou o ar e percebeu que na parede havia um couro de onça seco. Perguntou em caboquês:
- É onça?
O caboco respondeu:
- Não, é couro.
- É teu?
- Não, é da onça.

Retrato 3x4

Maravilha ser um sheltie tão lindo! Não precisa cortar cabelo (não necessita de tosa), não faz barba (o que aliás é um charme da raça, aquela coleira) e, está sempre com um sorriso de foto.

Manacapuru e a feira da Liberdade

Manacapuru é um município cuja sede fica a 80 km de Manaus, às margens do Rio Solimões. Para chegar lá é preciso atravessar a ponte sobre o Rio Negro. É uma pequena cidade, muito agitada, tem milhares, isso mesmo, milhares de moto-taxis e as ruas são estreitas, com gente andando pelo meio das pistas, pastores evangélicos gritando em megafones, carregadores de peixe e de frutas com grandes caixas na cabeça: é uma babel!

Tem feira prá todo o lado, mas delas a mais curiosa é da Liberdade, lá encontra-se peixe de toda ordem, frescos, salgados, fedidos, carne de caça (anta, queixada, paca, patos) vendidos na maior cara de pau, em cima das mesas. ´

É a "cidade proibida", nos moldes da Hong Kong dos anos 80.

Sanjaya e o tracajá

Esse tracajá - que é de cativeiro, comprado com nota fiscal - foi o almoço de Sanjaya no domingo passado.
Comer quelônios faz parte da cultura alimentar dos povos da Amazônia, mas isso é visto, por muitos, como algo criminoso. Ora quando é dado valor econômico a um bem ele passa a ser melhor preservado. Assim os homens cairam de amor pela carne de vaca, de galinha, de porcos, de cabrito, de coelhos... e esses  bichos existem em profusão.
Resumo: comer tartaruga é um ato de preservação.

Sanjaya e o facebook

A internet surgiu para o mundo nos anos 90, jogou o ato de escrever cartas e mandar telegramas para o rol de coisas absoletas. As chamadas redes sociais vieram depois, e foi uma febre, orkur, facebook, isntagram, myspace, twitter etc. É banalização da informação, a tolice escancarada, o mundo de faz-de-conta.
Sanjaya orienta para um uso na busca de informações, apenas isso, sem exposição.
Isso acabará tão rápido como começou.

Descida das águas no Solimões

As águas começam a descer no Grande Rio e já é possível ver as barrancas onde ocorrem as famosas "terras caídas".