sábado, 30 de abril de 2016

Sobre cachorros,Carlos Castaneda e o mundo de cada um


Recebi um comentário, faz uma semana, onde o leitor disse que cães são animais imprestáveis e devem ser todos eliminados. Que fazer com isso? Ignorar, publicar, responder?
Eu sempre gostei de cachorros, nasci numa família de donos de seringal no interior do Amazonas, alto Rio Purus, onde cães eram animais de trabalho: cuidavam dos porcos, das galinhas e do gado, afastavam predadores (onças, iraras, maracajás), reparavam o pirarucu que secava ao sol nos tendais para que urubus e gaviões não danificassem e contaminassem o peixe, trabalhavam nas caçadas, ajudavam a resgatar gente perdida nas matas.
Quando pude sustentar minhas vontades comprei um cachorro de grife, um pastor alemão com pedigree, o Atlas de Marupiara, lindo capa preta que morreu jovem, aos três anos de idade. Antes tive um lindo viralatas que durou quase uma década, o Joly, minha paixão de menino.
Depois convivi com muitos de diferentes raças, com especial atenção ao meu amor Bergh, um dogo argentino de caráter, que está enterrado abaixo da minha mesa, onde agora escrevo (estou no sítio).
Agora, divido minha existência com Sanjaya, que anda comigo de Manaus para a fazenda e vice-versa. É, também, um desaguadouro de nossos acalantos, porque embora tenhamos crianças na família, os pais têm sempre razões muito importantes para mantê-las longe dos avós.
Pois é, o meu mundo sempre foi permeado de proximidade com outros seres...humanos, outras gentes, como os cachorros, gatos, cavalos, burro. Afeição até mesmo por animais que são criados para alimento, caso de reprodutores, que não consigo levar pro abate. Há plantas que também recebem especial atenção e carinho.
Eu não estou só, conheço um camarada, criador de pirarucus, que chorou quando morreu um dos seus machos reprodutores, que ele havia criado desde um pequeno alevino, e já quando enorme animal, ainda comia na sua mão.
Mas leva tempo, muito tempo para compreender que não há um único mundo, cada um tem seu mundo, esse que descrevi um pouco, faz parte do meu. Algumas coisas são comuns, e como uma esponja, vamos absorvendo, desde o nascimentro, o que aqueles que nos cercam vão nos apresentando, formando uma visão social, que não é absoluta, é a visão do nosso grupo sobre o mundo.
Carlos Castaneda disse que a sabedoria dos xamãs toltecas do México antigo, tem como ponto de convergência quebrar a visão monolítica social que cada um tem e perceber o mundo em sua forma energética mais pura, isenta dos antolhos e paixões impostos pelo grupo social.
O comentário que trato acima, é estranho para mim, mas é natural no mundo desse leitor.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Cruzamento impossível

O Burro Francisco bem que tentou cruzar com a jovem égua, mas é pequeno... e estéril.

Cansou...

domingo, 10 de abril de 2016

No Mundo de Sanjaya tem

Pau Brasil começando a florar

Flor de Pau Brasil

Tapete de jambú

Banana pacovã e nanica

Gatinho relaxando