Sanjaya é bicho homem

Cabra macho! Sanjaya observa o bando de garças, jaçanãs e quero-queros nos campos alagados de onde o gado foi removido, na cheia de 2012. Mas ele já é bicho homem, tem culhões do tamanho de uma azeitona e já está com a altura de cachorro adulto, aos seis meses.

Sanjaya e a Cheia de 2012

Sanjaya observa as várzeas alagadas do Solimões, com o ramal do Arapapá já tomado pelas águas, em fins do mês de abril de 2012

Cachorros, condomínios e intolerância

Os estatutos condominiais, as chamadas convenções, ditam regras de convivência entre diferentes vivendo em moradias iguais, ou pelo menos semelhantes.  Tais regramentos são elaborados, muitas vezes, por pessoas totalmente alheias às regras de Direito e dos mínimos conhecimentos de regras constitucionais e legais de direitos e deveres.

Uma das regras que esses ferrabrazes mais gostam de impor é a proibição de criar cachorro, ou quando permitem, dizem que o cão deve ser de pequeno porte, não permitem que os animais andem com as próprias patas no "sagrado solo" condominial, e outras idiotices.

Tais convenções são, na maioria das vezes, contrato de adesão e tais cláusulas leoninas, e podem ser derrubadas sem grandes delongas no âmbito judicial.

Agrava que tais imposições são criadas por gente que muitas vezes jamais irá morar no condomínio, pois as construtoras já entregam os apartamentos com a convenção elaborada, pelos seus asseclas.

Federico Garcia Lorca, Sanjaya recomenda

Garcia Lorca, com a tempera de sofrimento da guerra civil espanhola, dedica uma poesia de pranto e dor por um amigo toureiro, morto nos chifres de um miúra, na arena.

Lhanto por Ignacio Sanchez Mejías

La cogida y la muerte

A las cinco de la tarde.

Eran las cinco en punto de la tarde.

Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.

Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.

Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.

El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.

Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.

Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.

Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.

Comenzaron los sones del bordón
a las cinco de la tarde.

Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.

En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.

¡Y el toro, solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.

Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde,

cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,

la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.

A las cinco de la tarde.

A las cinco en punto de la tarde.

Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.

Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.

El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.

El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.

A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.

Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.

Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,

y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.

A las cinco de la tarde.

¡Ay qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!

Sanjaya o fazendeiro

Sábado, 14 abril de 2012, sol a pino. Não é fácil essa vida de inspecionar campos de pastagem!

Pequenos cimarrones

Os filhotes da porquinha preta estão belos, sadios e muito arredios, como todo animal que vive solto à campo. Com pouco mais de uma semana de vida, já sabem esconder-se no campo de kikuio.

As orelhinhas do sheltie

Sanjaya está com cinco meses e percebemos que uma das orelhas ficava sempre de pé, outra dobrada. Pesquisando, descobrimos que o padrão requer as orelhinhas dobradas e, por conselho de criadores, pendurou-se em uma das orelhas um "brinco" de band aid. Sanjaya não se incomoda com o adereço e a orelha está se comportando com a dobra.

PS. o cão acima não é Sanjaya, mas demonstra bem o padrão sheltie.

Pedigree, essa via sacra!

O nome era humorista, mas falar assim é ultrapassado, o nome agora é stand up, ou, em português, comédia em pé. O camarada começa sempre com a mesma frase: "Eu não entendo!"

Sem comédia, eu não entendo porque num mundo onde tudo está digitalizado, ligado por redes sociais e outras ferramentas de trocas imediatas de informação, o certificado de nascimento de um cachorro leve tanto tempo para ser expedido.

Eu já criei mais de uma dezena de cachorros que comprei de criadores credenciados, e nunca foi coisa fácil, no entando, deixo para analisar as duas últimas compras, exatamente porque já ocorreram neste espaço de domínio atual da informática e da internet.

Em 2004 comprei uma cadela dogo argentina, de um canil de referência na criação da raça, situado em São Paulo. A cadela veio com um problema de pele na omoplata e por eu já ter outros dogos sabia que o animal apontava para problemas duradouros de pelagem, como aconteceu. O vendedor ficou tão inquieto com minhas cobranças pelo pedigree da cadela, que um dia disse que só mandaria o pedigree se eu fizesse um depósito extra. Ponderei sobre um lide judicial com o sujeito, mas terminei deixando prá lá, fiquei com a cadela que eu já amava e que morreu um ano atrás.

Em outubro do ano passado comprei um filhote (outra raça), também de um credenciado canil em São Paulo, no dia 30 de dezembro um emissário foi, de Manaus, buscar o filhote. O animal é belíssimo e o dono do canil me afigura uma pessoa séria, contudo, até a presente data não recebi o pedigree do animal.

Estrelinha, o fujão

Tenho um porco, o Estrelinha, muito me faz preocupar, sempre a fugir e ir a outro lugar. Não se limitar às minhas terras, vai para a vizinha, que tem tudo igual, só para implicar.

Cuidado com os ovos!

Mas não são ovos, são cupuaçus sendo juntados para os porcos, no mundo de Sanjaya.

Renovação da vida no mundo de Sanjaya

Bela surpresa neste fim de semana, a porquinha preta, ama de leite dos grandalhões duroc, veio do campo com cinco filhotes lindos, três negrinhos como ela e dois louros como o pai. Na esteira um dos filhos adotivos.

Sanjaya apontando pro futuro

Aos cinco meses Sanjaya mostra traços perfeitos de harmonia da raça. Ao fundo o Rio Solimões.

Sanjaya e o grande Solimões

Sanjaya, com 5 meses, aos cuidados de seu preceptor, às margens do fabuloso Solimões, na preocupante cheia de 2012.