Em 1974 fui a Roraima pela recém aberta estrada BR-174, que liga Manaus a Boa Vista. Então, viajar naquelas condições era uma grande aventura, estradas de barro, índios arredios, militares desconfiados.
Nas fazendas que visitamos quase sempre havia uma rede de couro armada na varanda. Era a capitiana.
A peça só tem nós nos punhos, o seu enredamento é feito por cortes de faca em uma única peça de couro cru de bovinos, o que é um dos seus raros pontos fracos, pois cachorros pedem mascar o couro abrindo buracos.
Quanto mais velha a capitiana mais confortável ela é, vai tomando o padrão de quem mais deita nela, vira um chamego. Nos primeiros meses de uso o camarada levanta fedendo a sebo, mas com o tempo passa... ou começa a gosta do cheiro do sebo.
Um casal amigo me deu esse raro presente, feito de encomenda para mim. Tem preço uma coisa dessas?!
Essa capitiana da foto é de um blog do mesmo nome, pois a minha é de um pelame mais escuro e ainda não foi armada, lá no Mundo de Sanjaya.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente