Um índio destribalizado vivia em uma pequena vila e tirava seu parco sustento dos serviços que prestava às pessoas numa feira que acontecia somente uma vez por semana. Um dia, tonto de fome, tropeçou em um velho que carregava duas grandes cabaças. Pensou que poderia, ajudando o velho, ganhar algum dinheiro para comprar comida, o velho aceitou a ajuda. Caminharam para fora da Vila e depois de alguns Quiilometros o velho perguntou se o índio estava com fome, sentaram o comeram carne seca e beberam água de um cantil. Recomeçaram a andar até chegar a uma encruzilhada, quando o velho disse que deviam separa-se alí, disse ainda que queria dar um presente ao índio, e saiu do mato um belo veado resplandecente. Disse o velho que aquele animal era um ser mágico e seria companheiro pelo resto da vida, para orientar com sabedoria. O índio, então perguntou ao velho o que havia naquelas cabaças tão pesadas, e teve por resposta farinha de milho e água, mas o índio não acreditou porque pesavam muito, insistiu na pergunta e obteve a mesma resposta. Então o velho perguntou se desejava, a companhia do ser mágico ou as cabaças, o índio recebeu as cabaças. Após a despedida do velho, o índio sentou-se e abriu as cabaças, só havia milho e água, ele decepcionado, quebrou as cabaças e voltou para a feira.
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O índio não fez a escolha errada...apenas não assumiu a escolha que fez.
(Esse conto está no livro Viagem a Ixtlan, de Castaneda)
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