sexta-feira, 31 de maio de 2013

Intolerância alimentar: peixes

Sanjaya tem 19 meses, é basicamente alimentado com ração, mas come frutas (qualquer fruta, melão, melancia, abacaxi, abacate, banana, pitaya) e se receber carne cozida, assada ou crua, come com avidez (embora isso ocorra raramente).
Todos os fins de semana e nos feriados mais longos Sanjaya vai com seus preceptores para uma pequena fazenda nas margens do Rio Solimões, a 60 km de Manaus, quando rompe com sua dieta de ração. Lá existe peixe em abundância e nessa época os cardumes de jaraquis, curimatãs e matrinxãs saem dos lagos para as águas barrentas do Solimões e é uma fartura de peixes muito saborosos.
Observamos, por três ocasiões quando Sanjaya come peixe (ele adora peixe) logo em seguida regurgita tudo, ou seja, ele tem intolerância alimentar a peixe, pois experimentamos com tucunaré, com tambaqui e agora com jaraqui.

domingo, 26 de maio de 2013

Sheltie e collie


A famosa cadela Lassie massificou a imagem da raça collie, tanto que quando Sanjaya faz seus passeios em áreas urbanas, muitas pessoas falam: É uma lassie? mas é tão pequeno.
Nossa família nunca criou collies, tivemos dogos argentinos (Bergh, Dara e Matilda), filas brasileiros (Acauã, Barão), bull mastiffs (Kato, Buza), Cocker Spaniel (Bruna e Sacha), pastores alemães e dobermans.
O Sheltie, a meu ver, pelo menos no estágio atual da raça, não seria um bom animal de trabalho como é o collie, pois é muito baixinho e a pelagem fica intrincada de gravetos e carrapichos ao andar e correr no campo. Ainda, não tem tamanho para se impor a ovelhas, cabritos e porcos. 

sábado, 25 de maio de 2013

Frutos do mundo de Sanjaya: o abiu, uxi coroa e o noni

Acima  o abiu, nativo da Amazônia, planta domesticada pelo indígenas, uma delícia (lembra uma fresca geléia) que deixa os lábios grudentos.

Acima o uxi coroa (existem outros uxis, o uxi amarelo ou liso; o uxi da praia), que normalmente é comido cozido (pode ser comido cru). Planta nativa, fruto gorduroso e muito saboroso.

O noni não é da Amazônia, chegou por aqui, faz uns dez anos, vindo das bandas do Pacífico, pelo Peru. Era tido como fruto milagroso, curava todos os males. Não sei se cura, mas o sabor é horroroso. Tem excelente adaptação à região e frutifica o ano inteiro.

Sanjaya hoje deu uma de macho!


Aqui mesmo neste espaço já foi escrito que Sanjaya e Loup, os dois shelties de nossas matilhas eram frouxos (medrosos), mas penso que a questão deve ser revista, porque lá na sua dacha do Rio Solimões, hoje pela tarde, um dos trabalhadores, o Argemiro, foi buscar um molho de chaves com a preceptora de Sanjaya e ele agiu como cão de guarda, latindo bravamente e partiu para cima do peão, sem morder claro... mas fez uma boa ficela.

Aos visitantes


Tantas bandeiras e símbolos belos, da Macedônia, da Rússia, dos Estados Unidos, do Reino Unido, de Portugal, da Tailândia, da Alemanha, da Polônia, da Ucrânia, do Canadá, da França, do meu Brasil e da Índia (que fiz sorteio para expor). Visitantes do Mundo de Sanjaya, nosso carinho!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Sanjaya apresenta o URUCURI

O Urucuri (não confundir com um coquinho do nordeste do Brasil chamado oiricuri)  é fruto de uma palmeira das várzeas altas do Rio Purus. Alimenta quatipurus (esquilos de calda longa), pacas, cutias e porcos do mato, além de araras e papagaios.
Os humanos comem a polpa crua e cozida (é doce e gordurosa, deliciosa), se alimentam também das larvas que se formam nas castanhas do férreo caroço. Os caroços secos são usados para fazer brasa de fogões, pois dão alta temperatura, pouca chama e quase nenhuma fumaça.
Sanjaya recebeu esse presente que veio de Lábrea, no alto Rio Purus.





Sanjaya ensina: processamento primário do CUPUAÇU

O cupuaçu pertence a mesma família do cacau, é açu (grande, do tupi) porque existe o cupuí (pequeno). Lá no mundo de Sanjaya há frutos de até 4 kilos mas o comum oscila por 1 kg.


Fruto na árvore

Frutos caídos maduros


A fruta só está boa de ser comida quando cai da árvore. Para processar (tirar a polpa) convém lavar os frutos para eliminar o pó castanho que as envolve e iria tornar a polpa suja.


A casta é levemente resistente e deve ser quebrada com um pedaço de madeira, costa do facão ou machadinha. Desconheço algum animal que quebre a casca, o que leva a supor que esses grandes frutos devem ter sido parte da dieta dos grandes animais que perambularam pela Amazônia até 10 mil anos atrás.


A maneira caseira dos amazônidas tirarem a polpa é cortando com tesoura, mas existem processos industriais de despolpa.


Um  cupuaçu de boa cepa rende até 60% do seu peso em polpa, que pode ser usada para sorvetes, sucos, doces, recheios etc.


Os caroços do cupuaçu são em regra jogados ao lixo ou servem de comida aos porcos, mas são matéria prima de um chocolate branco de excelente qualidade.

sábado, 18 de maio de 2013

Sobre cachorros e shelties



O preceptor de Sanjaya nasceu entre cães, no seringal Nova Aliança no médio Rio Purus, lá havia tanto cachorro que eram tratados à grega (Leopardo, filho do Barão, neto do faísca), alí cachorro trabalhava, espantava predadores das criações (onças, gatos maracajás, mucuras, jacurarus), reparava as mantas de pirarucu secando no tendal para os urubus não rasgarem o peixe, davam alerta de intrusos, e participavam de caçadas de porcos (queixadas, caititus) e de onças. Não havia cães de raças definidas, eles eram escolhidos pela disposição para o trabalho, pelo tamanho, pelo temperamento. Era inaceitável alguém criar um cachorro simplesmente pela companhia.
Em nossa família (matilhas agregadas) temos dois shelties, o Sanjaya, com 19 meses, e o Sir Murray (Loup), com 8 meses. São lindos, muitos interativos, têm expressões que não encontramos em outros cães (sorriem, vêm TV), têm muita graça no andar e na posição de descanso, nas brincadeiras, não mordem as pessoas. Por outro lado, são muito medrosos, ficam assustados com ambientes desconhecidos. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Conversa de pet shop: idade dos cães


Ontem Sanjaya foi fazer a necessária visita à Ambrósio, sua veterinária, e tomou uma batelada de drogas, foi revacinado para raiva, cinomose, leptospirose, hepatite, tuberculose etc etc e ainda levou no alto do pescoço uma dose do fedorento veneno para carrapatos e pulgas.
No pet shop uma criadora falava sobre a idade dos cães e fazia conta rasa que cada ano de um cão equivalia a sete dos humanos. Isso não está certo nem para humanos, o preceptor de Sanjaya, com 60 anos e tem um antigo colega 6 anos mais moço que parece muito mais velho. Não há parâmetros, a idade dos cachorros é balizada por outro referencial.
Interessante material pode ser encontrado no site da BBC News: http://www.bbc.co.uk/news/magazine-22458083

sexta-feira, 3 de maio de 2013