O preceptor de Sanjaya nasceu
entre cães, no seringal Nova Aliança no médio Rio Purus, lá havia tanto cachorro
que eram tratados à grega (Leopardo, filho do Barão, neto do faísca), alí
cachorro trabalhava, espantava predadores das criações (onças, gatos maracajás,
mucuras, jacurarus), reparava as mantas de pirarucu secando no tendal para os
urubus não rasgarem o peixe, davam alerta de intrusos, e participavam de
caçadas de porcos (queixadas, caititus) e de onças. Não havia cães de raças
definidas, eles eram escolhidos pela disposição para o trabalho, pelo tamanho,
pelo temperamento. Era inaceitável alguém criar um cachorro simplesmente pela
companhia.
Em nossa família (matilhas
agregadas) temos dois shelties, o Sanjaya, com 19 meses, e o Sir Murray (Loup),
com 8 meses. São lindos, muitos interativos, têm expressões que não encontramos
em outros cães (sorriem, vêm TV), têm muita graça no andar e na posição de descanso, nas brincadeiras,
não mordem as pessoas. Por outro lado, são muito medrosos, ficam assustados com
ambientes desconhecidos.
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