sábado, 18 de maio de 2013

Sobre cachorros e shelties



O preceptor de Sanjaya nasceu entre cães, no seringal Nova Aliança no médio Rio Purus, lá havia tanto cachorro que eram tratados à grega (Leopardo, filho do Barão, neto do faísca), alí cachorro trabalhava, espantava predadores das criações (onças, gatos maracajás, mucuras, jacurarus), reparava as mantas de pirarucu secando no tendal para os urubus não rasgarem o peixe, davam alerta de intrusos, e participavam de caçadas de porcos (queixadas, caititus) e de onças. Não havia cães de raças definidas, eles eram escolhidos pela disposição para o trabalho, pelo tamanho, pelo temperamento. Era inaceitável alguém criar um cachorro simplesmente pela companhia.
Em nossa família (matilhas agregadas) temos dois shelties, o Sanjaya, com 19 meses, e o Sir Murray (Loup), com 8 meses. São lindos, muitos interativos, têm expressões que não encontramos em outros cães (sorriem, vêm TV), têm muita graça no andar e na posição de descanso, nas brincadeiras, não mordem as pessoas. Por outro lado, são muito medrosos, ficam assustados com ambientes desconhecidos. 

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