terça-feira, 13 de setembro de 2016

O Mundo de Sanjaya em setembro de 2016

Acima o laguinho secando no meio de um velho pasto de brachiária. As vitórias régias comprimindo-se na disputa do resto de água.

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O capim elefante anão (brs-kurumim) formando touceiras na várzea do Solimões. As rebrotas estavam com 4 dias.

Imagem de um temporal formando no Rio Solimões, visto da varanda de casa às cinco da tarde.

Em setembro as mutambas começam a cair e o cheiro atrai as vacas que as caçam no meio do capim.

domingo, 26 de junho de 2016

Pastejo no campo da várzea em fins de junho


Neste 2016 as águas do Solimões não cobriram todos os campos de várzea e o gado pode pastejar a tenra brachiária sem precisar ser removido pros campos de quicuio das terras firmes.



Mercado público de Manacapuru


Manacapuru fica a 80 km de Manaus, ligado pelo Rio Solimões e pela estrada Am-70. É uma terra de fartura de alimentos, a toda época, pois fica situada na foz do rio Manacapuru, perto da Reserva do Piranha e da Foz do rico Purus.
Acima uma banca de peixe fresquinho, ainda com o muco (baba). Tem pescadinhas, tucunarés, jaraquis, curimatãs e branquinhas. 
O preço é o maior chamariz, R$ 10,00 (dez reais) uma fieira.



Na banca ao lado, o camarada vende na maior cara de pau uma paca já eviscerada. Acho que o Ibama ou outro órgão de controle da fauna não andam por lá.

Explico


Sanjaya é um sheltie adulto, pesa uns 13 kilos, cão de pequeno porte - não mini - embora aparente ser maior pois é muito peludo. Animal tranquilo, doce, mesmo com pessoas estranhas. Só revela o sentimento de guarda em suas casas ( na cidade, no sítio ).

Um domingo estávamos a voltar do sítio e  minha esposa trazia Sanjaya na coleira para adentrar o elevador, na garagem, quando uma mulher loura, muito feia, criou um sêbo danado, contra a presença do nosso animal.

Insatisfeita, a loura foi reclamar ao síndico que, mais desatinado ainda, resolveu aplicar uma medida draconiana, advertindo por nota que a cada vez que Sanjaya transitasse, sem focinheira, e não pelas escadas, pagaríamos 40% do valor do condomínio, duplicando nas vezes seguintes.

Fomos à Justiça, e atualmente Sanjaya transita com amparo - ainda - em uma liminar.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cotidiano do sítio

A Chica teve oito filhotes e roubou dois da Joana que pariu quatro no mesmo dia.

O galo garnizé continua dando ordens no terreiro.

O bacorinho vive fugido do chiqueiro.

Vaquinhas e cavalos aproveitam o pasto de terra firme.

O barrão estrelinha assiste tudo pela janela.

sábado, 21 de maio de 2016

Rogélio Casado, fica em paz!

Conheci o Rogélio quando namorava uma linda irmã do Simão Pessoa, mais tarde casaram, tiveram filhos, tomaram novos rumos. Sempre nutri pelo Rogélio uma grande admiração por sua maneira singela e paradoxalmente culta de se exprimir. Foi um dos intelectuais mais refinados que conheci em minha vida.
Não marcávamos encontros, a vida os programava, mas quando aconteciam, tinhamos longas conversas, muito agradáveis. Começávamos sempre pondo em dia o que conteceu nos intervalos e depois falávamos do que pretendiámos fazer, 
Eu não sabia o quanto gostava do Rogélio, até que soube da morte dele...passei dias sem esquecer do fato, via o pai bondoso, carinhoso, orientador daquele pirralho lindo que transitava por livrarias.
Que a concepção de Divindade que cultivava o receba.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Tartaruga de criatório

No amazonas temos diversas espécies de quelônios: tracajás, tartarugas, iaçás, irapucas, peremas, mata-matás, cabeçudas. Há também uns três tipos de jabutis, as tartarugas terrestres.
Os animais da foto são vendidos em frente ao condomínio onde moro, em Manaus. 
Amazônicas adoram carne de tartaruga, mas acho que há dois fatores que dificultam o consumo, um é o preço - muito caro -, outro é que tartaruga é bicho que só presta ser comido logo depois de ser morto, fresquinho.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Jerico, o dono do sítio

É impossível tocar um sítio, uma pequena fazenda, sem um trator. Esse velho camarada tem onze anos, serve para puxar roçadeira, arrasta arado de dois discos, gradeia a terra, puxa carroça e transporta animais, madeira e outras cargas.

Ração caseira básica

Neste monte, dois sacos de farelo de trigo, um saco de casca de soja, um saco de milho moído, dois quilos de sal grosso. Essa mistura é usada no Mundo de Sanjaya para jogar em cima do capim elefante moído para bois e carneiros, também é adicionada à macaxeira e jerimum moído dos porcos. Todo mundo gosta, até mesmo os cachorros tiram uma casquinha.

sábado, 7 de maio de 2016

Lagarta de fogo


Hoje à tarde fui ferroado por uma lagarta. Eu peguei no animal sem querer, ao afastar um galho de cajazeira que se estendia ao corrimão de uma escada. 
A dor foi imediata, todos os cinco dedos da mão esquerda foram afetados nas pontas. A dor é comparável àquela da ferroada de arraia. Sei porque já fui ferroado por uma em 1981, quando o ferrão atravessou meu pé, nas margens do Rio Urubu, no Amazonas.
Tentei racionalizar os efeitos e extensão da dor, mas lá pelas tantas perdi o controle. Pude observar que a dor fica localizada ao membro afetado e percorre em ondas para o resto do corpo, diferente da dor da arraia, que se manifesta em todo o corpo. Também observei que em menos de duas horas a crise aguda passou, embora eu tenha tomado o que estava à mão: um comprimido de buscopam, dois comprimidos de polaramine, usei gêlo, mas o que achei que deu alívio colocar a mão em água morna.
Passada a crise de dor, observei pontos negros nos locais da picada, como se houvesse entrado na carne fagulhas de madeira, mas agora, passadas mais de seis horas, tais pontos sumiram embora ainda tenha os dedos inchados e doloridos nas pontas


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domingo, 1 de maio de 2016

Mulata pelada

Jardim clonal de cana de açúcar mulata pelada, muito adequada à forragem para herbívoros (vacas, ovelhas, cabras), além de dar um saboroso - e generoso - caldo de cana para humanos. Em poucos meses teremos mudas suficientes para formar um piquete e garantir forragem no verão duro que se prenuncia em 2016.

Capim elefante anão em terra firme e várzea

BRS KURUMIM, que trouxemos de Marau (RS), em jardim clonal de terra firme. Na parte baixa da foto o corte raso. Só recebeu calcário na cova, junto com esterco de ovelha curtido.

Brs Kurumim cortado raso, com 03 semanas, sem receber adubação após o corte.

Piquete de várzea sendo plantado com BRS Kurumim, usando distância de um metro entre covas. Não foi usado esterco nem calcário, pois estamos apostando na composição do silte trazido pelo Solimões, rico em fósforo e calcário.

Promessas no mundo de Sanjaya

Novilha girolanda, genética pendente para o gir leiteiro

Novilha girolanda, genética pendente para o holandês

Novilha jersolanda, genética pendente para o jersey

Novilha girolanda, genética meio sangue

Novilha girolanda, genética pendente par o gir leiteiro

Promessa de reprodutor Santa Inês, observando o Chico comendo na sombra

sábado, 30 de abril de 2016

Sobre cachorros,Carlos Castaneda e o mundo de cada um


Recebi um comentário, faz uma semana, onde o leitor disse que cães são animais imprestáveis e devem ser todos eliminados. Que fazer com isso? Ignorar, publicar, responder?
Eu sempre gostei de cachorros, nasci numa família de donos de seringal no interior do Amazonas, alto Rio Purus, onde cães eram animais de trabalho: cuidavam dos porcos, das galinhas e do gado, afastavam predadores (onças, iraras, maracajás), reparavam o pirarucu que secava ao sol nos tendais para que urubus e gaviões não danificassem e contaminassem o peixe, trabalhavam nas caçadas, ajudavam a resgatar gente perdida nas matas.
Quando pude sustentar minhas vontades comprei um cachorro de grife, um pastor alemão com pedigree, o Atlas de Marupiara, lindo capa preta que morreu jovem, aos três anos de idade. Antes tive um lindo viralatas que durou quase uma década, o Joly, minha paixão de menino.
Depois convivi com muitos de diferentes raças, com especial atenção ao meu amor Bergh, um dogo argentino de caráter, que está enterrado abaixo da minha mesa, onde agora escrevo (estou no sítio).
Agora, divido minha existência com Sanjaya, que anda comigo de Manaus para a fazenda e vice-versa. É, também, um desaguadouro de nossos acalantos, porque embora tenhamos crianças na família, os pais têm sempre razões muito importantes para mantê-las longe dos avós.
Pois é, o meu mundo sempre foi permeado de proximidade com outros seres...humanos, outras gentes, como os cachorros, gatos, cavalos, burro. Afeição até mesmo por animais que são criados para alimento, caso de reprodutores, que não consigo levar pro abate. Há plantas que também recebem especial atenção e carinho.
Eu não estou só, conheço um camarada, criador de pirarucus, que chorou quando morreu um dos seus machos reprodutores, que ele havia criado desde um pequeno alevino, e já quando enorme animal, ainda comia na sua mão.
Mas leva tempo, muito tempo para compreender que não há um único mundo, cada um tem seu mundo, esse que descrevi um pouco, faz parte do meu. Algumas coisas são comuns, e como uma esponja, vamos absorvendo, desde o nascimentro, o que aqueles que nos cercam vão nos apresentando, formando uma visão social, que não é absoluta, é a visão do nosso grupo sobre o mundo.
Carlos Castaneda disse que a sabedoria dos xamãs toltecas do México antigo, tem como ponto de convergência quebrar a visão monolítica social que cada um tem e perceber o mundo em sua forma energética mais pura, isenta dos antolhos e paixões impostos pelo grupo social.
O comentário que trato acima, é estranho para mim, mas é natural no mundo desse leitor.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Cruzamento impossível

O Burro Francisco bem que tentou cruzar com a jovem égua, mas é pequeno... e estéril.

Cansou...

domingo, 10 de abril de 2016

No Mundo de Sanjaya tem

Pau Brasil começando a florar

Flor de Pau Brasil

Tapete de jambú

Banana pacovã e nanica

Gatinho relaxando

domingo, 20 de março de 2016

Nascimento de borregos


Neste fim de semana três ovelhas pariram, os borregos são lindos, uma fêmea. No cocho, napier, cameroon, rami, farelo de soja e sal mineral.

As paridas e filhotes são deslocadas para as instalações de terra firme, usando vacaria que estava ociosa neste período.

Sanjaya é...coxinha.

Lamento, mas não posso desconsiderar as falas de Lula, afinal foi uma liderança mundial, Obama disse que ele era O CARA!
Fui ver o eram os COXINHAS de quem o Lula falava... era o Sanjaya.
Vive num mordomia, que dá gosto. Cria uma confusão se lhe tiram os privilégios ou tem que dividir espaço.
Sanjaya é coxinha!

Mas, emendando, acho que o burro Francisco também é coxinha. Não corre o gado pro curral, tá preguiçoso que dá gosto! Ninguém come burro... pasto, água fresca, brisa do Solimões!!! É coxinha.

domingo, 6 de março de 2016

Pasto à beira-rio

Francisco (burro) e Ventania (cavalo) pastando grama nativa nas margens do Rio Solimões. 

Furando a cerca

Nosso lote de carneiros da várzea 
Dezessete fêmeas receberam ontem a liderança do reprodutor Santa Inês, que estava no campo de terra firme com outro lote.
Acharam que o pasto do vizinho era mais atrativo.

Os campos de várzea, aqui nesta região do Baixo Solimões, são feitos  de brachiária ruziziensis, e a doutrina desaconselha o pastejo de ovelhas nesta gramínea, mas não temos tido nenhum problema na pelagem nem na visão nos animais.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Amanhecendo em Bela Vista do Solimões

O pequeno Sanjaya ainda dormia, neste lindo amanhecer.

Cerca para vândalos


Mateus e Ademar fazendo uma cerca para evitar vandalismo no curral dos animais. As instalações ficam à beira do ramal e gente tem aberto as porteiras durante a noite.