O Geraldo serralheiro tem um
cachorro SRD (sem raça definida, cruzamento de fila com salsicha, o bicho
parece um trem) por quem tem muito apreço, é o Selvagem. O bicho é rebelde,
desdenha da ração, come em latas de lixo, bebe água da sargeta, dorme na rua,
passa semanas na brama (o “cio” dos machos), mas quando está por perto é um
fascinante guarda da serralheria. Dia desses um homem já no inverno da vida
bateu palmas na porta do Geraldo, a esposa atendeu e o homem reclamou que quando
saia do açougue com um saco onde estavam 3 quilos de carne, o Selvagem, que
espera na porta, tomou-lhe o saco das mão e saiu na carreira.
O Geraldo tem uma filha ainda
adolescente, e quando algum coleguinha ou pretendente vai à casa dela, e vê o
Selvagem lambendo as partes íntimas, pergunta de quem é o cachorro?, a moça
desconversa e diz que está vendo o bicho pela primeira vez.
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