sábado, 29 de dezembro de 2012

Sanjaya reacende Paulo de Tarso e a Caridade


A escrita de Paulo de Tarso é poética. E aqui talvez, a mais bela das suas poesias - o capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios - leitura bem oportuna no final de um ano em que a imagem acima - de fevereiro - mostra mulher afegã contemplando o corpo do filho de 3 meses que morreu congelado em campo de refugiados em Cabul.


"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência e ainda que eu tenha toda a fé, de tal modo que remova montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Ainda que eu distribua todos os meus bens e ainda que eu entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita. A caridade é paciente, bondosa é a caridade, não ferve de inveja, não se ostenta, não se orgulha, nada faz de inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo aguenta. A caridade jamais acaba. As profecias serão abolidas, as línguas cessarão e a ciência será abolida. Pois o nosso conhecimento é fragmentário e fragmentária é também a nossa profecia. Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito será abolido. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança. Agora vemos como num espelho, de maneira enigmática; depois veremos face a face; agora conheço de modo fragmentário; depois reconhecerei como fui reconhecido. Agora permanecem a fé, a esperança, a caridade, estas três; mas a maior delas é a caridade."

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